Filosofia Experimental - experimente esta idéia !



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todos os sábados às 12:30 na Unijuí-Fm-106.9 e ouça o Programa Filosofia Experimental promovido pelos alunos do Curso de Filosofia da Unijuí com apoio do Departamento de Filosofia e Psicologia.


Em cada programa é entrevistado um convidado dos mais diversos cursos e áreas de conhecimento e pesquisa da Unijuí, que debatem com os alunos e professores do Curso de Filosofia sobre os mais diversos assuntos de interesse da comunidade acadêmica.


segunda-feira, 29 de março de 2010

Artigo de Celso Carminati sobre o Ensino de Filosofia

A FILOSOFIA é obrigatória, mas ainda é pouco!

Por Celso João Carminati*



Durante a ditadura militar brasileira (1964-1985), boa parte da formação escolar brasileira, foi direcionada para a profissionalização. Com este intuito, e tendo como pressuposto a formação aligeirada para o mercado de trabalho, disciplinas humanísticas foram excluídas do currículo de ensino médio.



Assim, boa parte da juventude, ao menos aquela que tinha acesso aos bancos escolares, perdeu parte significativa de sua formação, submetendo-se aos modelos de formação apressados impostos às escolas pela reforma educacional nº 5.692, de 1971.



A reação de professores, alunos e intelectuais em geral a esta realidade foi imediata. Em meados da década de 1970, no Rio de Janeiro, foi fundada a Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas – SEAF. Rapidamente esta entidade agregou professores de outras áreas, e se tornou um importante espaço de encontro, discussão e preparação de textos e publicações para dar fôlego às investidas dos militares contra a liberdade de expressão, sobretudo de cátedra. Lembro que alguns professores universitários de filosofia mais críticos foram aposentados compulsoriamente, outros foram vigiados em suas atividades de ensino e pesquisa.



Com o arrefecimento da ditadura, e a abertura política lenta e gradual, após a aprovação da anistia, supostamente ampla e irrestrita, o debate em torno das conseqüências da profissionalização avançou e culminou com mudanças na lei nº 7.044 de 1982, que alterou dispositivos referentes à profissionalização e permitiu a presença de Filosofia no currículo enquanto disciplina optativa.

A presença da Filosofia no ensino médio foi pouco alterada, pois algumas escolas a re-introduziram nos currículos, e apenas alguns Estados se dispunham a legislar sobre o assunto.

Com a redemocratização e um inevitável esvaziamento dos espaços de lutas dos professores, o movimento pelo retorno da filosofia só conseguiu se rearticular na segunda metade dos anos de 1990.

Algumas iniciativas, como a do Estado de Santa Catarina, a tornou obrigatória no currículo no ano de 1998. Ainda assim, ocorreram outras iniciativas sem sucesso na Câmara dos Deputados, mas sua obrigatoriedade só se tornou lei, a de nº 11.684/2008 em 02 de junho de 2008, quando foi sancionada pelo Vice-Presidente da República. Isto foi possível devido a alteração do artigo 36 da LDB nº 9.394/1996. A lei estabelece no seu inciso IV: ”serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio”.

Depois de 37 anos ausentes dos currículos de ensino médio, a filosofia volta a ser obrigatória nas escolas brasileiras. Isto, porém, não é suficiente, pois um texto de lei não garante que a filosofia de fato volte a ser parte obrigatória dos currículos, pois se sabe que o currículo é um campo em disputa e que a presença de novas disciplinas significa a redução de carga horária de outras já existentes. Mesmo assim, os sistemas de ensino terão um prazo de um ano para se ajustarem a nova realidade e apresentarem a filosofia como parte obrigatória do ensino médio.

Mesmo com essas dificuldades encontradas, sobretudo, por se tratar de uma lei que poucas pessoas estarão vigilantes para saber se a mesma foi cumprida ou não, temos ai um importante instrumento de formação mais crítica para os estudantes do ensino médio.

* Professor na UDESC e autor do livro: “Professores de Filosofia: Crise e Perspectiva”. (Editora UNIVALI, 2006).

Repassando o aviso da ABEF e MEFIL-SUL...

I EREFIL-Sul em junho, preparem-se!

Por Arthur Bispo de Oliveira*
Praticamente um ano e meio após iniciarmos um contato efetivo entre os estudantes de Filosofia do sul do país através da reunião dos CAs e DAs de Filosofia na UFSM e tomarmos consciência das dificuldades comuns que muitos cursos enfrentam e a importância de mantermos esse contato através do Movimento Estudantil de Filosofia - Sul (MEFIL-SUL) e da Associação Brasileira dos Estudantes de Filosofia (ABEF). Enfim, uma das principais propostas lá apontadas, a de reunir em um encontro inédito os estudantes do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, irá em frente em 2010 com a realização do I Encontro Regional dos Estudantes de Filosofia – Sul com o tema da formação do professor de filosofia.

Para quem ainda não conhece a proposta, o EREFIL-SUL será uma evento estritamente de estudantes e de caráter acadêmico, político e cultural, ou seja, haverá espaço para mesas e apresentações de trabalhos, para discussões e também para atividades culturais. Transcorrerá nos dias 4, 5 e 6 de junho em Passo Fundo/RS com um tema voltado para os licenciandos em filosofia e os problemas que enfrentamos mesmo com a obrigatoriedade da disciplina no ensino médio vigorar integralmente a partir desse ano.

Em poucos dias o blogue do EREFIL-Sul estará no ar e todos os detalhes do evento estarão disponíveis bem como a abertura das inscrições. Esperamos até lá poder baratear ao máximo os valores de inscrição para facilitar a vinda de mais estudantes. Mesmo assim, sabemos que por mais que o encontro tenha como objetivo atingir todos os estudantes de Filosofia do sul, alguns não poderão participar, outros talvez nem se interessem, mas depositamos nossa confiança naqueles que não se omitirão nesse momento inédito do Movimento Estudantil de Filosofia e ise for lhes for possível irão estar aqui em Passo Fundo para ajudar a construir a nossa organização.

Aos integrantes dos Centros e Diretórios Acadêmicos de Filosofia do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, contamos com o esforço de vocês para que as informações do EREFIL-Sul cheguem a todos os cursos e turmas da região sul e, também, que estejam representados aqui nos dias do evento. Além disso, sabemos que o custo maior para a vinda dos estudantes deverá ser com o transporte e o CA/DA tem a articulação necessária para levantar fundos para subsidiar a viagem seja pela própria entidade, pelo seu DCE ou pela respectiva instituição de ensino. Com certeza isso será um grande incentivo da entidade à participação dos estudantes.


Aos colegas de filosofia em geral, consideramos o MEFIL-Sul um coletivo aberto aqueles que se interessam pelas questões que nos afetam e querem se organizar para agir em conjunto. Por isso, não deixem a responsabilidade de resolver os problemas que o atingem apenas com alguns se vocês podem se somar aos seus representantes de igual para igual e ganharmos força. E se tudo isso não fizer sentido ainda, participem do EREFIL-Sul e tirem suas conclusões a partir dessa experiência ímpar.

* Secretário de Articulação Política do DAALL/UPF e integrante da Comissão Organizadora do I EREFIL-Sul

sábado, 27 de março de 2010

Compreender a Violência?

Autor(es): Claudio Boeira Garcia

O texto destaca a urgência filosófica e política de desconstruir o entendimento segundo o qual paz e violência são duas faces distintas, mas inelutáveis da sociabilidade e da vida política; estabelece que a paz e a violência são fenômenos radicalmente distintos. Enfim, reconhece que, se esses fenômenos têm algo em comum, é o fato de que ambos resultam de decisões e de apostas que os humanos produzem quando agem no mundo.

Confira o texto na íntegra no site da revista Humanidades, produzida pelo Departamento de Filosofia e Psicologia da Unijuí:

http://www.unijui.edu.br/humanidades-em-revista-edicao-atual

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